Dois terços dos 130 milhões de usuários da Internet se comunicam em inglês, e a grande maioria das páginas da rede está escrita no idioma. É a língua oficial do turismo no mundo inteiro. Até em países tradicionalmente arredios ao idioma, como a França, é possível hoje em dia usar o inglês para resolver os problemas mais freqüentes.
Usar a Internet no ensino de inglês é um desafio que demanda mudanças de atitude de alunos e professores. O aluno bem sucedido não é mais o que armazena informações, mas aquele que se torna um bom usuário da informação. O bom professor não é mais o que tudo sabe, mas aquele que sabe promover ambientes que promovem a autonomia do aprendiz e que os desafia a aprender com o(s) outro(s) através de oportunidades de interação e de colaboração.
A Internet será cada vez mais utilizada no ensino de inglês, pois provê muito input compreensível, oportunidades variadas de interação, possibilidade de inserção em uma comunidade mundial de aprendizes e falantes da língua e conseqüente comunicação significativa enriquecida com negociação de sentido em contextos reais.
O computador não substitui nem o professor nem o livro. Tem características próprias, com grande potencialidade e muitas limitações, que o professor precisa conhecer e dominar para usá-lo de modo adequado, como um componente da complexa atividade de ensinar e aprender uma língua.
O ensino utilizando o computador como instrumento implica que o aluno, por meio da máquina, possa adquirir conhecimentos sobre praticamente qualquer domínio de saberes. Porém o modelo pedagógico por meio do qual isso acontece varia bastante, oscilando entre dois grandes grupos de abordagem: um em que a interação ocorre do sentido do computador para os alunos e outro em que a interação ocorre do aluno para o computador.
Nos dois modelos da representação encontram-se os mesmos componentes: o hardware (computadores), o software (programa de computador que permite a interação homem-máquina) e o aluno. A diferença está na maneira como esses ingredientes são usados, ou seja, na direção em que o processo de ensino-aprendizagem ocorre. No primeiro modelo, o computador por meio do software, “ensina” o aluno. Já no outro, o aluno, por meio do software, "ensina" o computador.
Assim tem-se em no primeiro um modelo instrucional e no segundo o computador como ferramenta de aprendizagem. Quando o computador “ensina” o aluno o computador assume o papel de máquina de ensinar e a abordagem educacional é a instrução auxiliada por computador. Esse primeiro modelo tem origem nos métodos de instrução programada tradicionais porém, ao invés do papel ou do livro, é usado o computador. Os softwares que implementam essa abordagem podem ser divididos em duas categorias: tutoriais e exercício-e-prática. No segundo modelo a pedagogia utilizada é a exploração auto-dirigida ao invés da instrução explícita e direta. Nessa categoria têm-se os softwares de jogos educativos e de simulação.
O computador no contexto educativo pode ser entendido como uma ferramenta por meio da qual o aluno idealiza e desenvolve um conhecimento, seja reproduzindo um saber ou construindo uma aprendizagem. Desse modo o aprendizado é estimulado pelo fato de o aluno executar uma tarefa por meio do computador.