sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Informática aplicada ao ensino de língua inglesa

Dois terços dos 130 milhões de usuários da Internet se comunicam em inglês, e a grande maioria das páginas da rede está escrita no idioma. É a língua oficial do turismo no mundo inteiro. Até em países tradicionalmente arredios ao idioma, como a França, é possível hoje em dia usar o inglês para resolver os problemas mais freqüentes.
Usar a Internet no ensino de inglês é um desafio que demanda mudanças de atitude de alunos e professores. O aluno bem sucedido não é mais o que armazena informações, mas aquele que se torna um bom usuário da informação. O bom professor não é mais o que tudo sabe, mas aquele que sabe promover ambientes que promovem a autonomia do aprendiz e que os desafia a aprender com o(s) outro(s) através de oportunidades de interação e de colaboração.
A Internet será cada vez mais utilizada no ensino de inglês, pois provê muito input compreensível, oportunidades variadas de interação, possibilidade de inserção em uma comunidade mundial de aprendizes e falantes da língua e conseqüente comunicação significativa enriquecida com negociação de sentido em contextos reais.
O computador não substitui nem o professor nem o livro. Tem características próprias, com grande potencialidade e muitas limitações, que o professor precisa conhecer e dominar para usá-lo de modo adequado, como um componente da complexa atividade de ensinar e aprender uma língua.

O ensino utilizando o computador como instrumento implica que o aluno, por meio da máquina, possa adquirir conhecimentos sobre praticamente qualquer domínio de saberes. Porém o modelo pedagógico por meio do qual isso acontece varia bastante, oscilando entre dois grandes grupos de abordagem: um em que a interação ocorre do sentido do computador para os alunos e outro em que a interação ocorre do aluno para o computador.
Nos dois modelos da representação encontram-se os mesmos componentes: o hardware (computadores), o software (programa de computador que permite a interação homem-máquina) e o aluno. A diferença está na maneira como esses ingredientes são usados, ou seja, na direção em que o processo de ensino-aprendizagem ocorre. No primeiro modelo, o computador por meio do software, “ensina” o aluno. Já no outro, o aluno, por meio do software, "ensina" o computador.
Assim tem-se em no primeiro um modelo instrucional e no segundo o computador como ferramenta de aprendizagem. Quando o computador “ensina” o aluno o computador assume o papel de máquina de ensinar e a abordagem educacional é a instrução auxiliada por computador. Esse primeiro modelo tem origem nos métodos de instrução programada tradicionais porém, ao invés do papel ou do livro, é usado o computador. Os softwares que implementam essa abordagem podem ser divididos em duas categorias: tutoriais e exercício-e-prática. No segundo modelo a pedagogia utilizada é a exploração auto-dirigida ao invés da instrução explícita e direta. Nessa categoria têm-se os softwares de jogos educativos e de simulação.
O computador no contexto educativo pode ser entendido como uma ferramenta por meio da qual o aluno idealiza e desenvolve um conhecimento, seja reproduzindo um saber ou construindo uma aprendizagem. Desse modo o aprendizado é estimulado pelo fato de o aluno executar uma tarefa por meio do computador.

O Professor de Língua Inglesa do Século XXI

Pensar em um professor do século XXI não é pensar em um docente totalmente diferente de um do século XX, mas em um profissional mais consciente, mais crítico e mais preparado para as transformações sociais. Por isso, segundo Belloni (1999), um dos principais desafios da educação neste século é capacitar os alunos a continuarem sua própria formação ao longo da sua vida profissional, já que em função das rápidas mudanças no mundo contemporâneo, “eles podem ter de exercer funções ainda inexistentes” (Tavares, 2003). Além disso, hoje em dia, a formação de professores do século XXI deve estar preocupada em preparar futuros professores para lidarem com as inovações tecnológicas e suas conseqüências pedagógicas, seja para o ensino presencial que conta com o apoio tecnológico ou para o ensino a distância via internet.
Deparamo-nos, então, com a velocidade e o tempo. Tempo que nem sempre temos, mas do qual precisamos. Tempo para uma ampla e profunda reflexão sobre nossa formação profissional. Tempo para entender o novo tempo em que vivemos, o da pós-modernidade, o da crise de identidades e de papéis na sociedade do século XXI (Hall, 2005).
De fato ainda há muito a ser feito para que o professor do século XXI desenvolva competências que o ajudem a tornar a tecnologia uma ferramenta tão comum para ele como o livro didático. Além disso, precisamos ainda de muitas discussões, esclarecimentos, incentivos governamentais, apoio técnico e motivação para integrar a tecnologia às nossas práticas pedagógicas.